quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Diagnosticando depressão em pacientes internados com doenças hematológicas: prevalência e sintomas associados

Não encontramos estudos avaliando o diagnóstico e a prevalência de depressão em pacientes hematológicos aqui no Brasil. Objetivo: Verificar a prevalência dos sintomas depressivos e quais deles mais se associam à depressão em pacientes internados com doenças hematológicas. Métodos: Num estudo transversal, 104 pacientes consecutivamente internados nos leitos da hematologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC) foram avaliados. Foram preenchidos questionários de variáveis sociodemográficas e de história psiquiátrica. O índice Charlson de comorbidade (IC) foi usado para medir gravidade física. Foi aplicado, também, o inventário Beck de depressão (BDI). Aqueles que tiveram pontuação acima de 9 na soma dos 13 primeiros itens do BDI (BDI-13) foram considerados deprimidos. Também foi verificada a frequência caso fosse utilizada a escala completa com 21 itens (BDI-21), com ponto de corte 16/17. Resultados: As prevalências foram: BDI-13 = 25% e BDI-21 = 32,7%. Após controle para fatores de confusão, os sintomas que permaneceram no modelo da regressão logística, indicando que melhor detectavam os deprimidos, foram sensação de fracasso, anedonia, culpa e fadiga. Conclusão: Cerca de um quarto a um terço dos pacientes internados com doenças hematológicas tinham sintomas depressivos significativos, e os sintomas que melhor os discriminaram foram sensação de fracasso, anedonia, culpa e fadiga.

Evidências sugerem um aumento da frequência de depressão nos pacientes com doenças físicas (de Jonge et al., 2006a). Além disso, indivíduos com sintomas depressivos desenvolvem mais comumente determinadas doenças: diabetes (Golden et al., 2004), hipertensão arterial (Everson et al., 2000) e acidente vascular encefálico (AVE) (Larson et al., 2001). Essa co-morbidade é preocupante porque um paciente clínico deprimido ajuda menos no tratamento (Lin et al., 2004), tem pior controle de sua doença de base (Lustman e Clouse, 2005), pior qualidade de vida (de Jonge et al., 2006b), maior prejuízo funcional (van Gool et al., 2005) e maior mortalidade (Colon et al., 1991; Furlanetto et al., 2000; Rumsfeld et al., 2005). A associação entre sintoma depressivo e doença clínica está bem estabelecida, sobretudo em cardiologia, endocrinologia e neurologia. Contudo existem poucos estudos sobre prevalência e diagnóstico da depressão em pacientes com doenças hematológicas, e não encontramos nenhum artigo com dados sobre a nossa realidade (realizado aqui no Brasil).
Existe ampla variação nas taxas de depressão em pacientes clínicos: de 3% a 75%, dependendo do local de seleção (pacientes internados ou ambulatoriais), do modo de avaliação (definição de caso, instrumento, ponto de corte) ou das características específicas da doença física avaliada (Evans et al., 2005).
Por outro lado, se forem utilizadas escalas que medem sintomas depressivos em geral em pacientes internados, submetidos a diversos tratamentos, com dor e gravemente enfermos, essas taxas serão bem maiores. Outro fator que potencialmente pode levar a diferentes taxas consiste no fato de que sintomas vegetativos e somáticos causados unicamente pela doença de base (p. ex.: fadiga, insônia) podem ser confundidos com sintomas depressivos. Contudo um estudo recente mostrou a validade e a utilidade dos sintomas somáticos como critérios para depressão, mesmo nos pacientes com doenças físicas em geral (Simon e Von Korff, 2006).
Cerca de um quarto a um terço dos pacientes internados com doenças hematológicas apresentaram sintomas depressivos de intensidade moderada a grave. Eles foram mais freqüentes em indivíduos com história prévia de depressão, baixa escolaridade e maior co-morbidade física. Os sintomas que melhor ajudaram a detectar pacientes com síndromes depressivas moderadas a graves foram: sensação de fracasso, anedonia, culpa e fadiga.

São necessários estudos verificando se medidas visando a precocemente detectar e abordar esses sintomas podem contribuir para melhorar a qualidade de vida e o prognóstico desses pacientes.
Leia o Artigo completo aqui!!!!
Referência: http://www.scielo.br/pdf/jbpsiq/v55n2/v55n2a01.pdf 31/10/2013 às 21:12min.

Pesticidas e Doenças Hematológicas e Oncológicas das Crianças

Este vídeo relata os efeitos dos Agrotóxicos e seus Impactos na Saúde e as Alternativas Agroecológicas no Município de São Paulo, 15/04/13. Ação da Frente Parlamentar Pela Sustentabilidade da Câmara em parceria com a Campanha e movimentos sociais paulistanos que buscam o cultivo pela Vida. (Direção de Fotografia e Edição de Betina Schmid, membro da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida). Apesar do conhecimento do ser humano com o uso de produtos tóxicos na agricultura ele tende a trabalhar com o risco e pondo não somente a sua saúde em risco, mas as dos demais seres vivos que abitam nosso planeta.
Referências:  https://www.youtube.com/watch?v=66jxutDMbcg 31/10/2013 às 16:58min.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O trabalho de ligar e sustentar

O Tecido Conjuntivo: 

As funções básicas desse tecido são ligar e sustentar os órgãos e demais tecidos, funcionando como uma armação para o corpo, dando-lhe a sua forma característica; preencher os espaços entre os órgãos; armazenar substâncias; participar da defesa, cicatrização e nutrição dos tecidos.

Essa capacidade de ligar e sustentar é fornecida pela grande quantidade de substância intercelular presente no tecido conjuntivo. Esta substância tem consistência variável, de acordo com as necessidades de sustentação de cada parte do corpo. Ela pode ser gelatinosa como no tecido conjuntivo frouxo, flexível como na cartilagem, ou dura como no osso. São originados do mesoderma.



O Tecido Conjuntivo Frouxo: O Acolchoamento do Corpo
É um tecido delicado e flexível espalhado por todo o corpo. Envolve os órgãos, preenche os espaços entre eles e liga um tecido a outro. No seu interior passam vasos sangüíneos que irão nutrir tecidos sem vascularização, como o tecido epitelial.

Sua substância intercelular é formada por uma parte gelatinosa (substância amorfa) onde se acham imersos fios de proteínas (fibras).

A substância amorfa é constituída de glicoproteínas e água. O principal glicídio é o ácido hialurônico. As fibras são de dois tipos: as colágenas e as elásticas. As fibras colágenas são formadas por uma proteína chamada colágeno (ao ser fervida produz uma cola) e são muito resistentes à tração. As fibras elásticas são constituídas por uma proteína chamada elastina e são capazes de voltar à posição normal após terem sido distendidas.

A substância intercelular do tecido conjuntivo frouxo é fabricada por células especializadas, os fibroblastos. Há também células indiferenciadas que são capazes de originar qualquer outra célula do tecido conjuntivo sempre que necessário; daí o grande poder de regeneração desse tecido.

O tecido conjuntivo que está embaixo do tecido epitelial funciona como uma segunda barreira contra os microorganismos invasores, pois apresentam células de defesa (macrófagos e plasmócitos), formadas a partir de glóbulos brancos que saem do sangue e invadem o tecido conjuntivo.



O Tecido Conjuntivo Denso: A Resistência a Tensões
É um tecido mais resistente encontrado na derme e nos tendões. Essa resistência maior é consequência de uma grande concentração de fibras.

Na derme (tecido conjuntivo situado sob a epiderme) as fibras estão dispostas de forma irregular, distribuindo-se nas mais variadas direções, o que explica a grande resistência da derme, observável no couro curtido. Nos tendões as fibras colágenas estão todas orientadas no sentido da contração muscular, o que lhe permite suportar a tensão imposta pelo músculo.

Os tecidos conjuntivos conectivos (frouxo e denso) são chamados de tecidos conjuntivos propriamente ditos (TCPD), em oposição aos tecidos conjuntivos mais especializados como a cartilagem, o osso e os tecidos adiposo e hemopoético.

O jogador Ronaldo, do Inter de Milão e da Seleção Brasileira, sofreu uma lesão no tendão que liga a rótula (patela) ao osso denominado tíbia, conforme figura adiante. O tendão patelar é formado por fibras colágenas orientadas.
Referências:

A cobertura protetora do corpo.

O Tecido Epitelial:
Cobrindo o nosso corpo e forrando seus tubos e suas cavidades internas, encontramos um tecido, formado por células estreitamente unidas, denominado tecido epitelial ou simplesmente epitélio.
Entre as células desse tipo de tecido não há substância intercelular; apesar de possuírem terminações nervosas, esse tecido não tem vasos sanguíneos e sua nutrição é feita pelo tecido conjuntivo sobre o qual ele sempre repousa. Há dois tipos básicos de epitélio: de revestimento e glandular.


Epiderme, Mucosas e Serosas: O Tecido Epitelial de Revestimento.


A epiderme forma a camada externa da pele, o maior órgão do corpo.
Ela protege o organismo contra a entrada de agentes estranhos e contra seu desgaste pelo atrito.
É formada por grande número de camadas superpostas de células, sendo classificada como tecido epitelial estratificado. As células superficiais possuem forma achatada (pavimentosas) e nos animais terrestres fabricam uma proteína impermeável, a queratina. Após acumular uma boa quantidade de queratina em seu citoplasma, estas células morrem, dando origem a uma camada impermeabilizante que evita a desidratação dos animais terrestres. Essa camada de queratina é também uma proteção eficiente contra o atrito, por isso ela é mais espessa na palma das mãos e na sola dos pés. Nas regiões do corpo submetidas a atritos constantes, a espessura da camada de queratina aumenta bastante, formando os calos. Os pêlos e as unhas também são feitos de queratina.
As células das camadas mais profundas da epiderme estão em constante divisão, substituindo as células superficiais que se desgastam. Nas camadas profundas da epiderme encontram-se os melanócitos, células que fabricam um pigmento denominado melanina, responsável pela cor da pele e dos pelos e que protege contra o excesso de raios ultravioleta.
As impressões digitais são formadas por dobras da epiderme e do tecido conjuntivo subjacente; estas dobras, presentes também nas palmas das mãos e nas solas dos pés, são geneticamente determinadas durante o desenvolvimento embrionário. Certas doenças hereditárias, como a Síndrome de Dawn, alteram o padrão normal dessas dobras. O epitélio que forra o interior das cavidades é bem diferente da epiderme, pois é constituído por uma única camada de células de formato cilíndrico e forma as mucosas.
A proteção contra o atrito é fornecida por uma substância viscosa, formada por glicoproteínas, denominada de muco. Este muco é produzido no estômago e intestino por células especiais (caliciformes). No aparelho respiratório o muco retém partículas de poeira e bactérias que serão ‘varridas’ para fora pelos cílios encontrados nas células cilíndricas deste tecido. O epitélio que reveste os vasos sanguíneos e que forma as membranas que cobrem externamente os órgãos situados nas grandes cavidades do corpo constitui as serosas.
A pleura envolve os pulmões, o pericárdio reveste o coração e o peritônio reveste o estômago e o intestino.

As Glândulas: O Tecido Epitelial de Secreção

Algumas células do tecido epitelial, como as caliciformes, podem se especializar para produzir substâncias. Estas células ou grupos de células formam as glândulas.
Algumas glândulas apresentam um canal através do qual lançam suas secreções para o exterior do corpo ou para dentro de cavidades dos órgãos.

Estas glândulas são chamadas de exócrinas ou de secreção externa, ex: sudoríparas, sebáceas, lacrimais, salivares, mamárias.
Quando a glândula elimina sua secreção diretamente no sangue é chamada de endócrina ou de secreção interna. As substâncias produzidas por elas recebem o nome de hormônio. É o caso da hipófise, tireoide, supra-renais.
Algumas glândulas lançam suas secreções tanto no sangue como em cavidades abertas.
São as glândulas mistas, mesócrinas ou anfícrinas. É o caso do pâncreas, fígado, testículos e ovários.
Referências:

Histologia Animal



A Histologia é a área da Biologia responsável pelo estudo dos tecidos: conjuntos de células que apresentam interdependência estrutural e funcional, desempenhando funções específicas no organismo. Os órgãos são formados pelo agrupamento de tecidos, e o conjunto destes formam sistemas.
Todos os indivíduos que possuem tecidos são multicelulares, mas não o contrário. Assim, de todos os seres vivos, somente alguns animais e plantas possuem essas estruturas.
Nessa seção você encontrará textos sobre os tecidos animais. Cada um deles varia quanto à disposição e morfologia de suas células, origem embrionária, presença de vasos e função.

Os tecidos são classificados em:

1. Tecidos epiteliais

Quanto à sua visão geral, podem ser:
1.1. Tecidos epiteliais simples
1.2. Tecidos epiteliais estratificados
1.3. Tecidos epiteliais pseudoestratificados

Quanto à forma das células, podem ser:
1.4. Tecidos epiteliais pavimentosos
1.5. Tecidos epiteliais cúbicos
1.6. Tecidos epiteliais prismáticos
1.7. Tecidos epiteliais de transição

Há, ainda:
1.8. Glândulas exócrinas
1.9. Glândulas endócrinas

2. Tecidos conjuntivos

2.1. Tecido conjuntivo propriamente dito
2.1.2. Tecido conjuntivo frouxo
2.1.3. Tecido conjuntivo denso
2.1.3.1. Tecido conjuntivo denso modelado
2.1.3.1. Tecido conjuntivo denso não modelado

2.2. Tecidos conjuntivos especiais
2.2.1. Tecido conjuntivo adiposo
2.2.2. Tecido conjuntivo cartilaginoso
2.2.3. Tecido conjuntivo ósseo
2.2.4. Tecido conjuntivo hematopoiético

3. Tecido sanguíneo

3.1. Hemácias

3.2. Plaquetas
3.3. Leucócitos

3.3.1. Granulócitos
3.3.1.1. Neutrófilo
3.3.1.2. Eosinófilo
3.3.1.3. Basófilo

3.3.2. Agranulócitos
3.2.2.1. Linfócitos
3.2.2.2. Monócitos

4. Tecidos musculares

4.1. Tecido muscular liso
4.2. Tecido muscular estriado
4.2.1. Tecido muscular estriado esquelético
4.2.2. Tecido muscular estriado cardíaco

5. Tecido nervoso

5.1. Sistema nervoso central
5.1.1. Encéfalo
5.1.2. Medula espinhal

5.2. Sistema nervoso periférico
5.2.1. Nervos
5.2.2. Gânglios

 Referências:

Leiserterapia no processo de regeneração do tecido nervoso

A aplicação de lazer de baixa potência tem sido utilizada para uso terapêutico na produção e ou inibição de mediadores envolvidos nos processos inflamatórios e para promover a maturação neural e na regeneração após o nervo lesado (WALSH, 1997).
Os efeitos não térmicos produzidos pela radiação da baixa potência são amplamente discutidos, pois de certo modo não são conhecidos todos os mecanismos nem todos os elementos que participam da conversão da energia luminosa em energia bioquímica, capaz de gerar processos tão discutidos como o analgésico ou o regenerativo.
 A terapia com raios laser de baixa potência é uma técnica capaz de acelerar o processo de reparação de tecidos biológicos traumatizados. Segundo alguns autores, os mecanismos que envolvem o processo de bioestimulação ocorrem em nível molecular (ver adiante). Neste caso a luz laser penetra o interior do tecido onde é absorvido por determinados cromóforos, resultado no aumento do metabolismo celular através do aumento de síntese de ATP pelas mitocôndrias (KARU, 1999). Pesquisas recentes demostraram que a aplicação do laser de abaixa potência em determinadas patologias cutâneas possui a capacidade de estipular a proliferação de fibroblastos, além de diminuir o edema local, favorecendo a neovascularização (e.g., RENDELL, et al., 1997; GUPTA,et al., 2001), sendo o último um provável contribuinte também para a regeneração neural.
 Este mecanismos que envolvem o processo de bioestipulação O presente estudo avaliou a ação do lazer terapêutico de baixa potência (LLLT) de GaA1LnP no processo de regeneração de uma lesão experimental pro esmagamento de nervo ciático de ratos. Foram utilizados 18 ratos Wistar machos, divididos em um grupo controle e dois grupos de procedimento (aplicação de lazer diariamente, e aplicação de lazer intercaladamente). O nervo ciático dos animais de todos os grupos foi exposto e utilizando-se uma pinça hemostática fez-se o estrangulamento do nervo ciático durante 30s. A irradiação transcutânea de laser de GaA1LnP, com 6 J/cm², foi realizada em 12 pontos distintos ao longo do trajeto nervoso. Os animais foram submetidos a eutanásia no 21º dia pós-operatório para a análise histológico. Os resultados demostraram degeneração com perda de densidade do tecido neural, evidenciando a lesão causada pela agressão ao nervo, e na análise histológica muscular observou-se atrofia muscular com feixes hialinizados e de tamanhos variados, com presença de linfócitos e discreta fibrose, tanto no grupo controle quanto no grupo que recebeu laser intercaladamente. Por outro lado, os animais que receberam laser diariamente durante 21 dias demostraram recuperação funcional detectada através do Índice Funcional do Ciático logo no 14º dia além dos sinais histológicos que revelam reconstituição tecidual tanto nervoso quanto muscular. Os dados sugerem que a intervenção com LLLT deve ser feita o amais breve possível e de maneira intensa.
Referências:
Sites.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Tecido Nervoso (Trabalho de Biologia) .


Este vídeo relata nitidamente o funcionamento e quais as suas funções do tecido nervoso apresentado pelo o professor Otavio Plazzi que é professor do curso de fisioterapia do CESUC e ministra a disciplina de Histologia e Embriologia. O tecido nervoso é o responsável pela troca de informações rápidas nos animais. É um tecido bastante importante, pois sem ele não seria possível comandar as diversas partes do organismo de forma rápida e eficiente. O tecido nervoso é um dos quatro tipos básicos de tecidos do corpo, encontrando-se distribuído por todo organismo. É formado por células, os neurônios e as células glia ou neuroglia. Estas, por sua vez, são formadas pelos astrócitos protoplasmáticos e fibrosos, pelos oligodendrócitos e pelas micróglias. Todas estas células agrupam-se, formando o Sistema Nervoso, que é dividido em Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinhal) e em Sistema Nervoso Periférico (gânglios nervosos e nervos). 

 
Referências:
Sites

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Novo método promete baratear fertilização in vitro

Primeiro bebê concebido por meio de triagem de embriões feita durante a fertilização in vitro nasceu em maio nos EUA.
Os pais de Connor Levy tentavam há 4 anos engravidar
naturalmente (Foto: BBC)

Um novo método de fertilização in vitro, no qual é feita uma triagem de embriões durante o processo, pode reduzir drasticamente os custos desse tipo de tratamento, segundo pesquisadores. Connor Levy, o primeiro bebê fruto do novo método, nasceu em maio nos Estados Unidos.
A triagem, elaborada na Universidade de Oxford, ajudou os médicos a escolherem um embrião com a melhor chance de sucesso. Apenas uma em cada três tentativas de fertilização in vitro resulta em um bebê, já que anormalidades no DNA de um embrião são comuns.

Especialistas dizem que testes mais elaborados são necessários para comprovar a eficácia do método. Se houver anormalidades com os cromossomos, as sequências de DNA, no embrião, ele não vai conseguir se implantar no útero, e se ele conseguir, o feto não vai se desenvolver.
É um problema que aumenta rapidamente com a idade. Um quarto dos embriões são anormais nos 30 e poucos anos de uma mulher, mas este número sobe para três quartos quando uma mulher atinge os 40 anos.
Algumas clínicas já oferecem alguma forma de triagem de cromossomo, mas isso pode adicionar entre 2 mil e 3 mil libras (cerca de R$ 7 mil) ao custo da fertilização in vitro no Reino Unido. A mãe de Connor, Marybeth Scheidts, disse que o teste teria custado US$ 6 mil (cerca de R$ 13 mil) na Pensilvânia.
O novo teste tira proveito dos avanços feitos no sequenciamento do genoma humano. Em 24 horas o teste pode garantir que o número correto de cromossomos está presente. Dagan Wells da Universidade de Oxford, disse à BBC: "Os testes atuais encarecem significativamente um procedimento que já é caro e limitado. A maioria das pacientes tem que pagar pelo tratamento com dinheiro do próprio bolso."
"O que a nossa técnica faz é dar o número de cromossomos e outras informações biológicas sobre o embrião, a um custo baixo - provavelmente cerca de dois terços do preço dos atuais métodos de triagem". Ele diz que os testes são necessários para ver se o método pode melhorar as taxas de sucesso da fertilização in vitro.

Novos testes devem ser realizados antes de o novo método
poder ser amplamente utilizado (Foto: BBC)
Lágrimas de alegria    
O nascimento de Connor, e outra gravidez resultante desse método de triagem, serão anunciados na conferência da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia.

Marybeth Scheidts, de 36 anos, tentou engravidar de seu marido, David Levy, de 41 anos, naturalmente por quatro anos, antes de fazer uma tentativa por inseminação artificial.
Na triagem, três dos treze embriões produzidos eram saudáveis. Sem a triagem dos cromossomos, escolher o embrião certo teria sido uma questão de sorte. Marybeth disse à BBC que os anos de tentativas foram difíceis: "Houve dias em que eu só chorava e só queria me esconder no quarto e acabar com tudo."
"Mas depois de todo esse trabalho duro, nós finalmente temos o nosso pequeno Connor," conta Marybeth.
Michael Glassner, médico de fertilidade do Main Line Health System, uma rede de hospitais e centros de saúde na Filadélfia, onde a fertilização in vitro ocorreu, disse que essas técnicas se tornarão mais comuns.
"Se você já se sentou em frente a um paciente que falhou, e você olha nos seus olhos, e ele mal consegue conter suas esperanças e sonhos - sabe que tudo o que puder mudar significativamente as taxas de gravidez vai se tornar padrão", diz Glassner. "Por isso eu acho que daqui a cinco anos esse método será o padrão", conclui Glassner.
 Referências:

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

ACABE COM AS DÚVIDAS SOBRE OVULAÇÃO

Processo de ovulação
A ovulação é um daqueles belos mistérios do organismo feminino, que se não deixam as mulheres de cabelo em pé, pelo menos colocam pulgas atrás da orelha. Período fértil, sintomas variados, ovários policísticos, pílula, hormônios, tudo tem a ver com a esse processo complexo do corpo da mulher.

A obstetra e ginecologista Lilian Gusmão Ribeiro Cocco, do Hospital São Luiz, de São Paulo, explica que o processo de ovulação se inicia alguns dias antes da menstruação. "Folículos do ovário começam a sofrer influência de hormônios produzidos na hipófise, como o FSH ou o LH e, com isso, começam a crescer", detalha. "A ovulação, em si, acontece entre 16h e 24h após o pico do LH, que é luteinizante", explica. É esse hormônio que estimula alguns dos folículos que se desenvolvem em óvulos maduros. Um deles se desenvolve no folículo dominante, que liberta um óvulo maduro, enquanto os restantes se desintegram.

Como a ovulação pode ocorrer dentro de um período variável, fica difícil definir exatamente o dia certinho em que ela vai acontecer. "Isso depende do tamanho do ciclo menstrual. Se for de 28 dias, pode ser mesmo no 14º. O certo apenas é que ovulação acontece 14 dias antes da próxima menstruação. Se o ciclo da mulher for maior, pode acontecer no 16º dia, por exemplo".
Carolina Ynterian, bioquímica, especialista em biologia molecular, conta que existem alguns métodos para ajudar a descobrir a data da ovulação, que na verdade são técnicas para determinar a concentração de determinado hormônio. "Existem autotestes que detectam o pico do LH através de uma reação de antígeno-anticorpo em amostras de urina", conta. "A verificação da temperatura também é útil. No pico de fertilidade, muitas mulheres têm aumento de até 0,5C na temperatura corporal".

O corpo da mulher também envia sinais de que a ovulação está acontecendo. "Muitas relatam que se sentem mais sensuais e com maior libido no período de ovulação, assim como podem também sentir o aumento da temperatura, entre outros aspectos físicos", diz Carolina. Lilian explica que, na verdade, os sintomas são relativos à produção de estrogênio, que tem sua produção aumentada perto do período fértil. "A mulher se sente mais úmida, percebe aquele muco cervical e tem sim aumento na libido", completa a médica.
O ciclo da mulher pode mudar por conta de medicamentos, alimentos ou até estresse e ansiedade. "As causas orgânicas mais comuns para alteração são problemas de tiróide, doença hepática ou renais, além de causas externas. Até mudanças no clima ou uma viagem por alterar o ciclo feminino".
Vídeo relacionado:

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

BIOLOGIA TAMBÉM SE APRENDE BRINCANDO

Os jogos didáticos no Ensino de Biologia 
Analisando as dificuldades encontradas em ministrar alguns conteúdos de Biologia em sala de aula, a utilização de jogos didáticos como uma ferramenta lúdica, torna-se uma alternativa acessível e interessante para o auxílio do professor em sala de aula. 

Os materiais didáticos são ferramentas fundamentais para os processos de ensino e aprendizagem, e o jogo didático caracteriza-se como uma importante e viável alternativa para auxiliar em tais processos por favorecer a construção do conhecimento ao aluno (CAMPOS, BORTOLOTO e FELÍCIO, 2003).  Por meio do jogo didático, o ato de educar pode tomar rumos que abranja a imaginação, a curiosidade e a própria aprendizagem de maneira alegre e eficaz. O jogo, quando bem elaborado, proporciona não só ao aluno a capacidade de interação com o conteúdo a ele transmitido, mas também desenvolve habilidades quanto à cognição (desenvolvimento da inteligência e da personalidade), a afeição (desenvolvimento da sensibilidade e da estima), a socialização (simulação de vida em grupo), a motivação (envolvimento da ação, e mobilização da curiosidade) e a criatividade (MIRANDA, 2001; CONTIN e FERREIRA, 2008).

Alunos da 1ª série do Ensino Médio desenvolvem o Jogo da Célula para se familiarizarem com os conceitos e nomenclaturas biológicas
Sob a orientação da professora Silva Mesquita, de Biologia, os alunos da primeira série do Ensino Médio do Colégio Santa Maria tiveram um desafio para lá de divertido em junho e julho. Em grupos, criaram jogos didáticos para propiciar, de forma lúdica, a assimilação dos conteúdos estudados sobre citologia.
“Um dos maiores desafios do Ensino de Biologia é despertar o interesse dos alunos pela nomenclatura científica. Por se tratar de conceitos e nomeações incomuns no dia-a-dia, os alunos tendem a ficarem desestimulados pelo estudo ou, simplesmente, decorá-lo. Com o intuito de tornar os estudos da célula, de suas estruturas e de seu funcionamento mais interessantes, desenvolvemos o Jogo da Célula. Um projeto educacional e divertido”, explica a professora Silvana Mesquita.
O trabalho foi organizado em quatro fases. Primeiro, os alunos estudaram a parte teórica e prática da morfologia e da fisiologia celular. Em seguida, realizaram os jogos didáticos em sala de aula com temas diversos, com o objetivo de entender as ideias centrais do funcionamento dos jogos e também de despertar a criatividade de cada aluno. A terceira fase foi separar os grupos para a realização da montagem dos jogos. A última etapa foi entregar do trabalho e a socialização dos jogos com a turma. Os jogos precisavam ter caixas criativas, com todas as regras e todas as peças necessárias para a realização da atividade.
Os alunos da 1ª série A aprovaram o trabalho e a brincadeira. “Através dos jogos, pudemos aprender mais sobre a matéria de forma dinâmica e divertida”, alegra-se Stephany Soares. “Brincando, conseguimos aprender mais rápido e com mais eficiência”, diz Lincoln Lima. “Com os jogos, fixei melhor os nomes e as estruturas da célula”, completa José. O colega, Ayrton também gostou do trabalho: “Fixamos a matéria sem decoreba”. “Para fazermos as questões dos jogos, tivemos de pesquisar e estudar. Desta forma, aprendemos muito”, destaca Marcela.




Os materiais didáticos são meios fundamentais e necessários para o processo de ensino e aprendizagem e os jogos didáticos tornam-se uma alternativa lúdica para auxiliar neste processo. Deste modo, este trabalho visou a confecção, aplicação e análise de um jogo didático que auxilie na compreensão e aprendizagem da matéria de biologia.


Referências:
sites
http://www.colegiosantamaria.com.br/noticias/ver-destaque.asp?destaque_id=211 data da pesquisa 10 de outubro de 2013 às 18:35h.
http://www.seer.ufu.br/index.php/emrevista/article/viewFile/7834/4941.. data de pesquisa 09 de outubro de 2013 às 17:47h.