Não é de hoje que se sabe que o
índice de analfabetismo no Brasil ainda é grande, tendo milhões de analfabetos
acima dos 15 anos de idade. Isso é uma realidade causada pelos modelos de
educação arcaicos, sem inovações, que tolhem a capacidade criativa dos
sujeitos, gerando insegurança e insatisfação pessoal.
Convencidos de que não adianta
continuar na escola, muitos estudantes se afastam da mesma por pura falta de
motivação, por não acreditarem que são capazes de vencer. O medo domina as
sensações prazerosas do aprender, pois repetências anteriores, exposições
diante dos colegas, humilhações dentro da sala de aula coíbem o sujeito,
demonstrando que ele não é capaz.
No Brasil ainda existe a concepção de
que os menos favorecidos não têm condições de aprender, devendo aceitar que são
a mão de obra pesada e barata do país, estando às margens da nossa pirâmide
social.
Para melhorar essa visão, a escola
deve manter uma política educacional voltada para atender a diversidade,
através de planos de ação que valorizem as habilidades e potencialidades de
cada um. Seria mesmo identificar o que cada um tem de bom, em que cada qual
pode colaborar com as experiências e crescimento do grupo.
Dessa forma, preocupados com a
defasagem do ensino, buscando qualificar o trabalho docente, voltam-se para a
motivação desses alunos, dando oportunidade aos mesmos, inserindo-os num grupo
que está mais adiantado.
Além disso, não se pode descartar a
realidade social em que cada um vive. Muitas crianças ficam paralisadas porque
não recebem atenção necessária, outras são alvos de agressões, outras sofrem
abusos sexuais, algumas têm que trabalhar para sustentar suas famílias, etc. A
escola precisa considerar todos esses aspectos e muitos outros, repensando seus
valores, buscando diminuir as diferenças entre os alunos, identificando porque
uns aprendem e outros não.
Segundo pesquisas do Ministério da
Educação, no Brasil são 16 milhões de analfabetos, pessoas que não conseguem
sequer escrever um bilhete. Já os que não chegaram a concluir a 4ª série do
ensino fundamental I, somam 33 milhões, concentrados em 50% no norte e nordeste
do país.
Dessa forma, podemos questionar como
acontecerá o crescimento social e econômico do país se não temos política
educacional consistente?
É preciso repensar para mudar!
Por Jussara de Barros
Pedagoga
Equipe Brasil Escola
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