Todo resíduo sólido, tem que ter um destino final adequado,
para que não ocorra agressão ao meio ambiente mas na prática nem sempre é
assim, no nosso país a metade dos municípios brasileiros não dão destino
adequado aos resíduos sólidos urbanos. A Lei nº 12.305/2010, que instituiu a
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), constitui-se em instrumento
essencial na busca de soluções para um dos mais graves problemas ambientais do
Brasil, o mal destino dado aos resíduos sólidos, impondo a necessidade premente
de substituir os lixões a céu aberto por aterros sanitários como medida de
proteção ambiental.
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2008,
somente 27.7% das cidades brasileiras possuíam aterros sanitários, 22.5%
possuíam aterros controlados e 50,8% das cidades despejavam o lixo produzido em
lixões. Somente no Brasil são produzidas cerca de 240 mil toneladas de lixo
todos os dias, sendo que apenas 2% de tudo isso segue para reciclagem. O
resultado é uma enorme quantidade de resíduos que precisa de uma nova
destinação após sua vida útil.
Agora pergunto a você, para aonde vai o seu lixo depois que
você o joga na lixeira? ...
Entre os diversos meios de descarte dos resíduos sólidos, se
destacam três no país: os lixões, os aterros controlados e os aterros
sanitários. Infelizmente no meu município (Aratuba – Ceará; localizado na Serra
de Baturité) o destino de todo resíduo sólido gerado das residências urbanas,
tem o destino final o lixão, e das casas das redondezas ou zonas rurais são
jogadas no meio ambiente ou acumulado próximo as residências, cujo nome mais
popular chamado de monturo, gerando a proliferação de vetores de doenças
próximo de suas casas.
A diferença entre cada um deles você confere logo abaixo:
Lixões
Lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem
nenhuma preparação anterior do solo. Institucionalizados ou clandestinos, esses
locais recebem volumes diários de lixo que são amontoados um por cima do outro.
População civil e, em alguns casos, a própria prefeitura, são responsáveis por
jogar o lixo coletado no local.
Foto tirada por Gilmar Andrade no dia 15 de julho de 2014 as 12:02 min. Lixão localizado no Sitio Fernandes Município de Aratuba - Ceará. |
Diversos problemas tornam o lixão a solução menos indicada
quando o assunto é o descarte do lixo. Por não ter nenhum tipo de proteção,
esses locais se tornam vulneráveis à poluição causada pela decomposição do
lixo, tanto no solo, quanto nos lençóis freáticos e no ar.
Isso ocorre porque a maior parte do material despejado entra
em processo de decomposição, produzindo o chorume e o gás metano. O chorume
escorre com o auxílio da chuva e penetra na terra, chegando aos lençóis
freáticos localizados abaixo do lixão e contaminando a água.
Já o biogás resultante da decomposição do lixo e formado por
gases como metano, gás carbônico (CO2) e vapor d’água, é liberado diretamente
para a atmosfera – sem antes passar por nenhum tipo de tratamento.
Além dos impactos ambientais, o acumulo de lixo atrai animais
transmissores de doenças, como moscas e ratos. O local ainda é tido como fonte
de renda para a população carente, que recolhe o material reciclável e, em
alguns casos, chega a se alimentar dos restos encontrados no lixo.
Lixo hospitalar encontrado no lixão do município de Aratuba - Ceará; fotos tiradas por Gilmar Andrade.
Aterro controlado
Com o objetivo de amenizar os depósitos a céu aberto, foram
criados os aterros controlados, uma categoria intermediária entre o lixão e o
aterro sanitário. Normalmente, ele é uma célula próxima ao lixão, que foi
remediada, ou seja, que recebeu cobertura de grama e argila.
De acordo com a Recicloteca, a nomenclatura mais adequada
seria o lixão controlado. Nesta situação, há uma contenção do lixo que, depois
de lançado no depósito, é coberto por uma camada de terra. Este sistema
minimiza o mau cheiro e o impacto visual, além de evitar a proliferação de
insetos e animais. Porém, não há impermeabilização de base (o que evitaria que
o material contamine o solo e o lençol d’água), nem sistema de tratamento do
chorume ou do biogás.
Aterro
sanitário
O aterro sanitário é a disposição adequada dos resíduos
sólidos urbanos. O diferencial dele é a responsabilidade com que se trata o
lixo a ser armazenado no local. Tudo é pensado, preparado e operado de maneira
racional para evitar danos à saúde pública e ao meio ambiente – desde a escolha
da área até a preparação do terreno, operação, determinação de vida útil e
recuperação da área após o seu encerramento. Trata-se de um projeto arrojado de
engenharia.
Antes de iniciar a disposição do lixo, o terreno é preparado
com a impermeabilização do solo e o selamento da base com argila e mantas de
PVC. Com esse processo, o lençol freático e o solo não são contaminados pelo
chorume.
Há, também, um sistema de captação desse líquido para
posterior tratamento, ele é coletado por meio de drenos, encaminhado para o
poço de acumulação, de onde, nos seis primeiros meses de operação, é
recirculado sobre a massa de lixo aterrada. Após esses seis meses, quando a
vazão e os parâmetros já são adequados para tratamento, o chorume acumulado é
encaminhado para a estação de tratamento de efluentes.
O aterro sanitário também prevê a cobertura diária do lixo,
evitando a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.Nesse sistema
de disposição dos resíduos sólidos, não há catadores em atividade no terreno e
a quantidade de resíduos que entra é controlada.
Os aterros sanitários também
contam com um sistema de captação e armazenamento ou queima do gás metano,
resultante da decomposição da matéria orgânica.
Ao final da vida útil do aterro sanitário, a empresa que o
opera é responsável por efetuar um plano de recuperação do terreno.
Fontes: Recicloteca e lixo.com.br
Referências:
Sites:
http://www.rumosustentavel.com.br/ecod-basico-lixao-aterro-controlado-e-aterro-sanitario/
acessado no dia 16 de julho de 2014 as 18:25min.
http://blog.institutobrookfield.org.br/index.php/2012/08/entenda-a-diferenca-entre-lixao-aterro-controlado-e-aterro-sanitario/ acessado no dia 16 de julho de 2014 as 18:
30min.
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